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Gastronomia nos Presídos é lançado pela Gastromotiva e Instituto Atá

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Gastronomia nos Presídios é apresentado pela Gastromotiva e Instituto ATÁ

Gastronomia nos Presídios foi apresentado pela primeira vez ao público em Copenhague

O mais importante congresso de gastronomia da atualidade, o MAD FOOD CAMP, realizado em Copenhague (Dinamarca), apresentou pela primeira vez ao público no dia 24 de agosto de 2014 o programa Gastronomia nos Presídios. A convite do chef Alex Atala, co-curador do evento, o chef David Hertz e o juiz Jayme Garcia dos Santos  contaram sua experiência no programa de inclusão e transformação social nas penitenciárias realizado pela Gastromotiva e pelo Instituto ATÁ, com o apoio do Poder Judiciário. O inédito projeto que leva gastronomia nos presídios já apresenta resultados significativos e conquistou a chancela do Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, que anunciou recentemente sua intenção de torná-lo permanente, para que sirva como modelo de política pública. “Não se trata de um simples curso. Estamos falando de devolver horizontes para essas detentas”, afirma o chef Alex Atala, um dos realizadores do projeto. “Quanto mais eu vejo a “cara” da exclusão, mais eu me motivo em engajar a sociedade para o novo, para acreditar que um mundo mais positivo pode ser encontrado. Nessa receita para transformar os ingredientes da vida que não nos alimentam mais, como o preconceito, a insegurança, a prepotência, se cada um fizer sua parte, conseguiremos superar nossas barreiras e criar novos horizontes. Cozinhe o que não serve mais”, disse David Hertz, fundador da Gastromotiva.

Transformação

O programa Gastronomia nos Presídios é constituído de duas fases. A primeira é realizada na Penitenciária Feminina da Capital e, durante um mês, as mulheres descobrem o potencial de transformação pessoal e profissional da gastronomia. Por meio de aulas práticas e teóricas, aprendem diversas habilidades como: técnicas gastronômicas, ecogastronomia, cozinha brasileira, postura profissional, higiene pessoal e cidadania. Nessa primeira etapa as mulheres aprendizes descobrem novos horizontes possíveis e a carreira em estabelecimentos gastronômicos. A maioria delas descobre um novo horizonte a ser perseguido após o cárcere. Esta fase está sob responsabilidade do Estado, inclusive sob o ponto de vista financeiro (ou Esta fase conta com investimento de recursos públicos).

Na segunda fase, as mulheres, que passam a cumprir pena em regime semiaberto, podem frequentar o Curso Profissionalizante em Cozinha da Gastromotiva, cuja duração é de 4 meses. Essas aulas são gratuitas  e ministradas na Universidade Anhembi Morumbi, parceira da instituição. O curso também é oferecido para jovens de baixa renda e imigrantes em situação de vulnerabilidade social. A Gastromotiva auxilia a empregabilidade das mulheres que cumpriram ou ainda cumprem pena, assim como de todos os formandos na Rede Gastromotiva de Restaurantes.

Histórico

A ideia do programa Gastronomia nos Presídios nasceu no início de 2010, quando Jayme Garcia dos Santos Júnior, juiz assessor da corregedoria de São Paulo, procurou o chef Alex Atala para a elaboração de um curso de cozinha dentro dos presídios.

Alex Atala então convidou David Hertz, fundador da Gastromotiva e chef pioneiro da gastronomia social no Brasil, para a formulação do projeto. O projeto piloto foi realizado no presídio masculino Adriano Marrey, no município de Guarulhos, em São Paulo, em março de 2011.

Durante 2012 e 2013, o juiz Jayme, David Hertz e Alex Atala buscaram recursos para que a iniciativa continuasse, inclusive com a ampliação das atividades, e sempre com o objetivo de torná-la uma política pública penitenciária. Em dezembro de 2013, o deputado Fernando Capez, por meio de emenda parlamentar, conseguiu a liberação de recursos para a realização do curso e formação da primeira turma, na Penitenciária Feminina da Capital. Os docentes foram os ex-alunos multiplicadores da Gastromotiva, além de chefs e cozinheiros/as do Restaurante D.O.M. e do Dalva e Dito, ambos do chef Alex Atala.

Entre julho e agosto de 2014 foi formada a segunda turma composta por 32 mulheres presas e três funcionários da Penitenciária Feminina da Capital. Na formatura, estiveram presentes o Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Desembargador José Renato Nalini, o Deputado Estadual Fernando Capez e outras autoridades. O Governador do Estado, na oportunidade, anunciou sua intenção de tornar o programa permanente, para que ele sirva como modelo de política pública.

Resultados

Entre dezembro de 2013 e agosto de 2014, 60 mulheres e três funcionários da penitenciária concluíram o curso. Nove alunas que cumpriram pena ou ingressaram para o regime semiaberto continuaram sua formação no Curso Profissionalizante em Cozinha da Gastromotiva. Dessas, três já estão trabalhando na área de gastronomia. As outras aguardam uma oportunidade.

Além disso, nessa mesma época, foi inaugurado o “Espaço Gastronomia” na biblioteca da Penitenciária e a “Mini Horta de Ervas e Temperos” no PFC.
Sobre a Gastromotiva 

A Gastromotiva é a primeira organização do Brasil a inspirar e promover transformação e inclusão social por meio da gastronomia. Ela ajudou a criar o Movimento da Gastronomia Social no Brasil, que hoje conta com o apoio do mercado gastronômico e de investidores sociais – empresas, fundações, institutos e indivíduos. Oferece cursos de qualificação profissional, na área de gastronomia, para pessoas em situação de vulnerabilidade social.

A Gastromotiva também promove a transformação social ao atuar como ponte entre realidades distantes, desenvolvendo negócios sociais e organizando experiências e eventos gastronômicos.

Sobre o Instituto ATÁ

O Instituto ATÁ é a primeira entidade brasileira a se dedicar exclusivamente à relação do homem com o alimento. Iniciativa de um inédito e diverso grupo de lideranças da sociedade civil e do mundo empresarial, a missão do Instituto é “aproximar o saber do comer, o comer do cozinhar, o cozinhar do produzir, o produzir do ambiente”. Nesse quadro, procura valorizar e fortalecer a diversidade de territórios e saberes, o ato de se alimentar como fator integrante da cultura, as melhores práticas de sustentabilidade na produção e no consumo, a limitação de perdas e desperdício, a qualidade e identidade das cozinhas do Brasil no mundo, a segurança alimentar e nutricional, a tecnologia e inovação na produção, transformação e distribuição do alimento e a valorização de negócios de base familiar e comunitária. Entre os projetos de destaque da entidade estão: a marca Retratos do Gosto, o projeto Gastronomia nos Presídios, os arrozes especiais do Vale do Paraíba, a pimenta baniwa (em parceria como Instituto Socioambiental), mel de abelhas nativas, algas brasileiras, cogumelos comestíveis brasileiros, Galinhadas beneficentes, entre outros.  Para saber mais www.institutoata.org.br.

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