O Coletivo Bruto e o Coletivo Estalo iniciam projeto cultural na Casa do Marquês com temporada de montagem premiada
O espetáculo “Mentira”, contemplado pelo Programa de Ação Cultural da Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, fará longa temporada, com 24 apresentações gratuitas na Casa do Marquês, no bairro Monte Alegre em Piracicaba.
O espetáculo é resultado da parceria entre o Coletivo Bruto, da Cooperativa Paulista de Teatro e o Coletivo Estalo. Tudo começou com o encontro dos artistas Paulo Barcellos e Maria Tendlau, paulistanos residentes na cidade de Piracicaba e as artistas piracicabanas Marina Henrique e Gabriela Elias.
“Mentira” acompanha a trajetória de uma antropóloga da FUNAI na busca de um índio isolado em Rondônia e a relação perigosa que ela estabelece com um casal de pecuaristas proprietários de uma grande fazenda na região. O texto é de autoria dos Coletivos Bruto e Estalo e faz referência, além das questões fundiárias da Amazônia legal, a uma filmografia de peso, produzida na década de 60, que remete a Ingmar Bergman, Robert Altman e Heiner Maria Fassbinder.
A Casa do Marquês receberá apenas 20 espectadores por dia, de quinta a domingo, sempre às 20h, com entrada gratuita. “Como são poucos lugares por sessão, trabalharemos por meio de reservas” – dizem produtores.
A quantidade limitada de espectadores por sessão faz parte do charme da montagem que estabelece uma relação de proximidade entre o público e os artistas, além do encanto da antiga escola do bairro Monte Alegre. “A ideia é explorar o grande potencial cultural do bairro nesta feliz parceria com a Mônica Brito e Klaus Barreto, proprietários da Casa do Marquês”, diz a diretora do espetáculo e gestora cultural Maria Tendlau.
Além do espetáculo, o projeto promoverá 2 workshops com os renomados artistas paulistanos Alexandre dal Farra (prêmio Shell de dramaturgia em 2012) e Ney Piacentini (autor do livro “Eugênio Kusnet – do ator ao professor”).
Um pouco sobre os coletivos: O Coletivo Bruto surgiu em São Paulo em 2006, da reunião de artistas de diferentes e múltiplas formações com o interesse de formar um grupo de criação em artes que trabalhasse um hibridismo entre linguagens e seu diálogo na composição de obras artísticas. Destacam-se em sua trajetória os espetáculos Guerra Cega Simplex Feche os Olhos e Voe ou Guerra Malvada (2007) e O Que Está Aqui é O Que Sobrou (2012), criações que foram contemplados respectivamente pelo Programa de Apoio à Cultura do Estado de São Paulo, Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz e Programa Municipal de Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo.
Já o Coletivo Estalo surgiu em 2007, quando um grupo de artistas de diferentes áreas como cinema, fotografia, música e artes cênicas, decidem juntos fazer arte e ter sua sede em Piracicaba, interior de São Paulo. A estreia do Coletivo aconteceu com a montagem de Uma História de Borboletas (2007), que realizou longa temporada na capital paulista, e ganha destaque com o espetáculo Marias (2009), que circulou por várias cidades, além de integrar em 2011 o Circuito TUSP de Teatro.
A peça tem direção artística de Maria Tendlau e o elenco é composto por: Gabriela Elias, Marina Henrique e Paulo Barcellos. Dramaturgia Coletivo Bruto e Coletivo Estalo, colaborador de dramaturgia – Alexandre dal Farra, orientador em interpretação – Ney Piacentini, cenário e figurinos – Coletivo Bruto e Coletivo Estalo, projeto de luz – Paulo Barcellos, produção executiva – Marina Henrique e Gabriela Elias, assessoria de imprensa Marina Henrique e Maria Tendlau, administração – Paulo Barcellos, programação visual – Clayton Mariano, registros de vídeo e foto – LZP.
“Mentira” – Casa do Marques
Realização Cooperativa Paulista de Teatro, Coletivo Bruto e Coletivo Estalo.
Rua Comendador Pedro Morganti, 4.970. Bairro Monte Alegre – Piracicaba/SP
19 de fevereiro (estreia) até 29 de março
Reservas pelo telefone (19) 3432 1967, de segunda a sexta, ou pelo email projetomentira.teatro@gmail.com