Nem só de sopa vive o inverno. É também de clima mais frio a couve-de-bruxelas, mais comum de ser encontrada nos supermercados nesta época do ano. A couve-de-bruxelas é a da família do repolho que desenvolve cabeças pequenas e numerosas em volta de um caule alongado e grosso. É um pouco amarga graças ao seu alto teor de glicosinolatos. Segundo Harold McGee, em Comida & Cozinha – Ciência e Cultura da Culinária, minha blíbia gastronômica, esse composto se concentra no interior do broto e, por isso, seja a couve-de-bruxelas cozida lentamente ou rapidamente, nada terá efeito sobre seu amargor.
Ele conta que a melhor forma é partir a couve-de-bruxelas ao meio e cozinhar as metades em uma panela grande cheia de água ferente. Só assim para extrair delas tanto os precursores quanto os produtos que desenvolvem o seu amargor.
Eu experimentei a couve-de-bruxelas em sua versão mais simples, puxada na manteiga, com cubos de panceta (bacon). Eu gosto muito da diferenciação em um prato que envolve um conjunto de ingredientes, dos alimentos amargos. Por isso, acredito que fica uma delícia em um risoto também. Ainda vou testar. Além de tudo é uma verdura de baixa caloria, excelente fonte de vitamina C, betacaroteno, ferro e potássio.
Ingredientes
200 g de couve-de-bruxelas com a base de cada cabeça cortada
2 colheres sopa de manteiga com sal
2 colheres sopa de panceta (bacon) em cubinhos
Preparo
Coloque a couve-de-bruxelas em uma panela com água fervente e deixe por cerca de 10 minutos ou até ficar macia ao ponto que desejar. Eu prefiro um pouco mais tenra e mais amarga. Por isso, se preferir tirar mais o seu amargor, corte cada cabeça ao meio e proceda da mesma forma. Aqueça a manteiga em uma frigideira anti-aderente e frite a panceta. Usei cubinhos com pouca gordura, tanto que foi preciso fritá-los na manteiga. Salteie a couve em seguida e sirva quente.

Foto Senhora Mesa

Foto Senhora Mesa