Sou a favor da facilidade, daquilo que nos exige menos tempo e que nos traz benefícios (reais) mesmo assim. Quem não?
Há alguns anos conheci a farinha de banana verde, à época ainda não comercializada como produto auxiliar em dietas de emagrecimento, e me encantei por suas propriedades: alta quantidade de fibras, melhora do funcionamento do intestino e grande concentração de triptofano, uma substância que aumenta a secreção de serotonina (mesmo hormônio liberado quando comemos chocolate), que aumenta a sensação de prazer e bem-estar.
Dias atrás, tive em mãos uma pesquisa desenvolvida sobre a farinha por pesquisadores da Faculdade Federal de Viçosa (UFV) comprovando não somente aquilo que eu já sabia, mas muitos outros benefícios relacionados à redução de riscos para diversas patologias. Segundo a pesquisa, a casca verde é rica em amido resistente – substância associada à redução dos níveis de glicemia no sangue – que quando entra em nosso organismo, passa direto pelo intestino delgado, e quando chega ao intestino grosso vira alimento para bactérias ali presentes responsáveis por produzir, após a digestão desse amido, substâncias benéficas que auxiliam na prevenção e controle de doenças como o câncer e o diabetes.
A farinha da casca da banana verde apresenta maior concentração daquilo de bom encontrado na fruta, pode substituir a farinha branca em diversas preparações sem alterar as características sensoriais dos alimentos, e melhor, a gente faz em casa!
Como fazer:
1- selecione a quantidade de banana verde (de qualquer variedade) a ser produzida;
2- escalde as bananas em água fervente, para tirar as impurezas (2 minutos são suficientes);
3- descasque as bananas e corte as cascas em tiras, colocando-as numa forma forrada com papel alumínio, arrumadas lado a lado;
4- leve ao forno e deixe torrar até ficarem bem quebradiças e esfarinhando na mão (o fogo tem que ser baixo, senão elas queimam);
5- leve ao triturador ou liquidificador e depois passe numa peneira.
Pode ser utilizada com frutas, iogurtes, misturada a sucos e substituir parcialmente farinha branca.
Não precisamos ir muito longe para obtermos grandes resultados. Precisamos aprender a fazer escolhas generosas com nosso corpo que não ultrapassem nosso bem-estar. Equilíbrio é respeito por aquilo que somos.
Obs.: Na próxima coluna, daremos destino para as bananas. Até lá!